08 janeiro 2014

HÁBITOS MENTAIS PARA DIMINUIR O SOFRIMENTO EMOCIONAL


1. LIBERTE-SE DAS SUAS HISTÓRIAS DE SOFRIMENTO VITIMIZANTE
Todos somos contadores de histórias acerca das nossas experiências. A forma como narramos os acontecimentos de impacto negativo, tem enorme influência na forma como posteriormente olhamos a vida. Se de forma esperançosa ou de forma vitimizante. Histórias distorcidas sobre o seu passado ou visão do futuro podem ser uma experiência que permite perceber o quão você pode estar perdido em pensamentos negativos, torturando-se com acontecimentos dramáticos. Esforce-se para perceber a forma como narra os seus acontecimentos, como se prende e identifica com eles, ao ponto de construir um cenário mental catastrófico que apenas passa tudo o que de errado aconteceu ou vai acontecer com você.

2. MANTENHA-SE NO MOMENTO PRESENTE
Sempre que você estiver a vaguear num mar de pensamentos recorrentes de angústia, decepção, tristeza profunda, e sentir que o seu sofrimento disparou, traga o seu pensamento para o momento presente. Abandone o movimento do pensamento e mantenha-o no momento presente, fixando a atenção em algo que esteja a fazer, ou simplesmente na sua respiração. Faça isso. Abandone o julgamento do seu passado, deixe por momentos de projetar-se no futuro, fique consigo.

3. SINTA O SEU CORPO
Tome consciência do seu corpo. Entre em sintonia com as sensações do seu corpo. Utilize o passo anterior. Abrace o momento presente, e foque a sua atenção nas sensações que o seu corpo lhe proporciona. Por vezes podem ser sensações desagradáveis, mesmo assim tente perceber a sua localização para que conscientemente possa aliviar o incómodo. Se forem boas sensações, geralmente são, por exemplo, a sensação de uma xícara de chá, ou do cabelo ao vento, ou do sol no rosto, o aconchego de um abraço. o seu corpo pode ser uma porta de entrada para a tomada de consciência de alguns hábitos que podem aliviar o seu sofrimento. No exato momento que fica com as suas sensações corporais, o seu pensamento deixou de movimentar-se. A sua mente está ocupada com a contemplação das boas sensações.

4. ACEITE OS SEUS SENTIMENTOS DESAGRADÁVEIS
Uma das condições humanas é sermos sensíveis. Temos a capacidade de sentir um alargado leque de emoções. Umas gostamos, são prazerosas, e outras detestamos, são desagradáveis. Mas, não podemos não sentir as que não gostamos. Por isso, importa reconhecer os seus sentimentos desagradáveis, como a raiva, a tristeza, a autocrítica negativa, inveja ou preocupação excessiva e tratá-los de maneira amigável, como algo que se expressa no seu corpo. Para que este exercício possa ser possível de realizar você tem de entender que não é os seus sentimentos. Você tem de entender que existem sentimentos que se manifestam em você, mas que nem sempre tem de julgar ser aquilo que está sentindo. Quando você ouve o som do sino da igreja, sabe perfeitamente bem que não é o som que o sino imite. No entanto, ele expressa-se no seu corpo. Assim funcionam alguns dos nossos sentimentos. Precisamos aceitá-los, mas não temos de nos fundirmos a eles, julgando ser o que sentimos. Reconhecer a presença de uma experiência desagradável é em si um momento de tomada de consciência daquilo que está acontecendo em nós ou fora de nós. Aceite os seus sentimentos desagradáveis, não lute contra eles, essa é uma luta inglória. Depois distancie-se o suficiente dos seus sentimentos para que possa deixar de reagir e tomar ações em consciência.

5. PRATIQUE A AUTOCOMPAIXÃO
Por vezes, perante determinados acontecimentos de vida acionamos a autocrítica interna, bombardeando a nós mesmos com críticas devastadoras. Viramo-nos contra nós, não conseguimos aceitar determinados comportamentos que realizamos ou até mesmo formas de pensamento que nos guiam. Não nos perdoamos por erros e fracasso, ou por alguma encruzilhada de vida que possamos estar a enfrentar. Perante este tipo de atitude audodestruidora, passamos a ser o nosso maior inimigo. Deixe de botar-se abaixo, tente compreender-se a si mesmo para que possa suportar a sua dor com empatia.
Autocompaixão significa ser razoável consigo mesmo, praticando a generosidade e simpatia. Não é autopiedade, mas sim um reconhecer e aceitar a sua condição humana, a sua imperfeição e possibilidade de sofrimento. No fundo, ser empático com você, do mesmo jeito que seria para o seu melhor amigo ou parceiro.

6. DEIXE DE JULGAR OS OUTROS
Avaliar os outros não é a mesma coisa que julgar os outros. Avaliar é um ato que pode ser considerado neutro, uma habilidade que é necessário para a sobrevivência e adequação à vida. Julgar, pode tornar-nos rígidos na forma de pensar, querendo que as coisas sejam da forma que julgamos que deveriam ser. “Ele está gordo, deveria perder peso” ou ”Ele é uma pessoa imprudente.” Na base do não julgamento está o respeito pelos outros, pelas suas opiniões, formas de estar na vida, e até mesmo sobre o seu passado e condições de vida. Podemos não apreciar ou até mesmo não gostar de algo ou de alguém, mas não temos necessariamente de julgar à luz dos nossos olhos. Quando julgamos imponentemente, estamos constantemente a direcionar a nossa atenção para estímulos que nos causam mal-estar, e com isso alguma forma de dor emocional.

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